terça-feira, julho 13, 2010


Eu vim andando ruidosamente por todo o caminho até chegar aqui, na minha eloquência eu estava aos berros... gritos e susurros completamente mudos.
Pessoas são arremessadas de motos e ninguém parece se importar o bastante, nem eu. Um sinal aberto, um sinal fechado, nenhuma sinal do sinal que vai mudar sua vida e de repente ouve-se gritos e sons abismados e logo em seguida não se ouve mais nada; o seu ipod esta tão alto nos fones em seu ouvido que até mesmo o som da sua respiração desaparece.
Você podia passar mais do que semanas ao meu lado todo o tempo e jamais conheceria todas as minhas faces. Vivemos criando máscaras convincentes para diferentes situações, ou assim esperamos.
Se você for um bom observador vai perceber algumas mesmas coisas em todas.
Tenho uma caixinha da lembranças enterrada com coisas não tão importantes, em algum lugar não importante. Que um dia -eu espero- alguém sem muita importância irá achar e se perguntar porquê cada uma daquelas coisas foi importante a alguém não muito importante que se tornou importante a outro alguém sem importância naquele momento que de repente ficou importante.
Estou de volta ao meu apertamento sem lembrar direito como cheguei, estive tão submersa em pensamentos que meus pés simplesmente vieram pelo caminho já familiar.
Os carros lá em baixo parecem mais barulhentos do que o de costume e a TV continua desinteressante como a maior parte dos dias.
Assim como meu rosto esta sereno e em paz como minha sala, assim como meus pensamentos estão em a beira do olocausto e a ponto de sucumbir.
A agua do banho não parece lavar tudo que deveria, não parece tocar todos os lugares. Está uma noite fria e eu me acomodo a janela só de roupão com o meu copo habitual copo de martine, se ele falasse poderia até rir do vazio relusente em meus olhos.
Achei melhor parar com o martine antes que além de falar com objetos inanimados, eles começassem a me responder.

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