domingo, agosto 01, 2010

Eu então sentei e esperei sabe-se lá porquê que você aparecesse... e eu veemente sabia que não iria.
Eu fiquei lá pelo o que pareceu horas ao invés de segundos, dias ao invés de minutos. Eu olhei pros lados esperando e cada minuto que passava eu me sentia mais irritada
Não por você não ter ido, porque eu sabia que não iria, mas por eu ter me dado ao trabalho de achar que você iria.
Eu então levantei e comecei a andar em direção a saída, o caminho nunca pareceu tão distante. Cada casal apaixonado que eu me deparava era como um soco no estômago e era exatamente isso que eu queria fazer com cada um deles, ou talvez comigo mesma.
Eu queria vomitar aquela sensação, ou gritar sem dizer coisa alguma apenas para sentir minha garganta doer e meus pulmões vazios. Eu queria que algo doesse, ao menos eu estaria sentindo algo no lugar desse silêncio.
O sentimento é ambivalente, no fundo você sabe que queria ser surpreendida, no fundo você sabia que não seria... mas a esperança é como a morte que ronda UTI's em hospitais; esperando a primeira chance pra se acomodar.
Mas sinto muito esperança estúpida, você bateu a porta errada.
A sensação de raiva e frustração começou a me enjoar, como borboletas brigando dentro da minha barriga, eu esperava que uma matasse a outra, eu esperava que elas me matassem de dentro pra fora.

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