sexta-feira, setembro 03, 2010

Ainda bem que existe dias novos, ainda bem que existem acontecimentos que nos surpreendem, ainda bem que tudo muda.
Meus olhos estavam secos e inexpressivos, mas isso tudo era só por fora, por dentro eu sentia vontade de cuspir de tanta frustração. Porque eu tinha certeza que não era com você o problema e sim comigo, eu tinha certeza que foi aquele sonho estúpido que atrapalhou tudo, porque por tempo demais você não significou nada e à dias esta significando tudo.
Sentimentos mudam por vontade própria ou não, pelo menos comigo sempre foi assim, eu os obrigo, ou eu finjo muito bem e acredito...
Sem ter derramado uma lagrima mais ainda com vontade de cuspir eu fechei a janela silenciosamente e disse determinada ao meu reflexo no vidro: Amanhã; outro dia, outra história.
Eclipses duram só um dia, o sol se cobre só por um dia e esse dia esta no fim agora.

terça-feira, agosto 17, 2010


E então foda-se... aquilo ecoando e ecoando.
Quando se diz foda-se e você instantaneamente se arrepende, quando se diz foda-se e você queria ter proferido mas milhões de coisas incluindo uma bomba caseira de desempenho duvidoso.
E então você diz a si mesmo que foda-se se enganando... se fosse foda-se você não teria dito, pelo simples fato que se foda-se você não iria pensar a respeito ao ponto de formular algo a dizer.
Aquela fração de segundo transformou o seu foda-se, naquele momento o seu foda-se transformou-se em seu mundo. Mas bem, o momento já passou e a buzina do carro de trás me lembrou que o sinal abriu... uma musica boa no radio e um vento gelado no rosto.

sexta-feira, agosto 13, 2010

chuva e seus tons de cinzas, é estranho como quando chove parece ser especialmente pra mim, só para me alegrar. ao contrário do resto dos humanos a chuva me deixa feliz, incrivelmente feliz. o seu tom de cinza colore o meu dia... em um vida preto ou branco, tons de cinzas quebram a rotina.

quinta-feira, agosto 12, 2010

Com o tempo despencar de penhascos se torna rotineiro, você irá atrás deles e não fechará os olhos enquanto se joga.

domingo, agosto 01, 2010

Eu então sentei e esperei sabe-se lá porquê que você aparecesse... e eu veemente sabia que não iria.
Eu fiquei lá pelo o que pareceu horas ao invés de segundos, dias ao invés de minutos. Eu olhei pros lados esperando e cada minuto que passava eu me sentia mais irritada
Não por você não ter ido, porque eu sabia que não iria, mas por eu ter me dado ao trabalho de achar que você iria.
Eu então levantei e comecei a andar em direção a saída, o caminho nunca pareceu tão distante. Cada casal apaixonado que eu me deparava era como um soco no estômago e era exatamente isso que eu queria fazer com cada um deles, ou talvez comigo mesma.
Eu queria vomitar aquela sensação, ou gritar sem dizer coisa alguma apenas para sentir minha garganta doer e meus pulmões vazios. Eu queria que algo doesse, ao menos eu estaria sentindo algo no lugar desse silêncio.
O sentimento é ambivalente, no fundo você sabe que queria ser surpreendida, no fundo você sabia que não seria... mas a esperança é como a morte que ronda UTI's em hospitais; esperando a primeira chance pra se acomodar.
Mas sinto muito esperança estúpida, você bateu a porta errada.
A sensação de raiva e frustração começou a me enjoar, como borboletas brigando dentro da minha barriga, eu esperava que uma matasse a outra, eu esperava que elas me matassem de dentro pra fora.

sexta-feira, julho 23, 2010


Musicas podem ser facilmente descritas como espinhos na carne ou a sua salvação.
Algumas são tão letais que no instante que reconheço seus acordes sinto meu corpo despedaçar lenta e dolorosamente. Algumas são como acido, algumas são como mortes subtas.
Eu vou de encontro ao meu inferno com algumas, mas extantaneamente alcanço o céu com outras.
Eu vi a musica mudar drasticamente quem eu era, eu vi uma banda, uma guitarrista, me fazer melhorar essencialmente, e eu serei grata até os fins dos dias por isso.
Provavelmente eu seria tão artificial quanto isopor, eu teria morrido de tédio ou teriam me matado por ser tão insuportavelmente estúpida.
Então aos poucos eu fui me salvando e chegando a redenção, se eu tivesse alguém a agradecer seria a ela... nos últimos dias ela me salvou de novo, me tirando do vazio obsoleto, me fazendo elevar mais um nível, me dando algum paraíso.

terça-feira, julho 13, 2010


Eu vim andando ruidosamente por todo o caminho até chegar aqui, na minha eloquência eu estava aos berros... gritos e susurros completamente mudos.
Pessoas são arremessadas de motos e ninguém parece se importar o bastante, nem eu. Um sinal aberto, um sinal fechado, nenhuma sinal do sinal que vai mudar sua vida e de repente ouve-se gritos e sons abismados e logo em seguida não se ouve mais nada; o seu ipod esta tão alto nos fones em seu ouvido que até mesmo o som da sua respiração desaparece.
Você podia passar mais do que semanas ao meu lado todo o tempo e jamais conheceria todas as minhas faces. Vivemos criando máscaras convincentes para diferentes situações, ou assim esperamos.
Se você for um bom observador vai perceber algumas mesmas coisas em todas.
Tenho uma caixinha da lembranças enterrada com coisas não tão importantes, em algum lugar não importante. Que um dia -eu espero- alguém sem muita importância irá achar e se perguntar porquê cada uma daquelas coisas foi importante a alguém não muito importante que se tornou importante a outro alguém sem importância naquele momento que de repente ficou importante.
Estou de volta ao meu apertamento sem lembrar direito como cheguei, estive tão submersa em pensamentos que meus pés simplesmente vieram pelo caminho já familiar.
Os carros lá em baixo parecem mais barulhentos do que o de costume e a TV continua desinteressante como a maior parte dos dias.
Assim como meu rosto esta sereno e em paz como minha sala, assim como meus pensamentos estão em a beira do olocausto e a ponto de sucumbir.
A agua do banho não parece lavar tudo que deveria, não parece tocar todos os lugares. Está uma noite fria e eu me acomodo a janela só de roupão com o meu copo habitual copo de martine, se ele falasse poderia até rir do vazio relusente em meus olhos.
Achei melhor parar com o martine antes que além de falar com objetos inanimados, eles começassem a me responder.