quarta-feira, abril 28, 2010

É quando estamos tenando entre as linhas, dançando em roletas russas, brincando com dinamites... exatamente naquele segundo que sentimos algum controle sobre a vida, talvez seja só nesse momento que você o tenha. decidir sua hora de morrer, parece tão tentador... para alguns tem um tom sombrio, para mim é algo bonito; obter o controle de si quando isso parece tão impossível. qualquer coisa nos domina, alguma coisa que não sabemos o que é, a única coisa que estamos cientes é que não somos donos de nós mesmos na maior parte do tempo. e são em momento raros como pendurado em uma janela, é que você pode olhar diante da vida e sentir todo esse controle.
Jenny desce da janela, do seu apartamento no vigésimo nono andar e ri de seu breve pensamento, tão insano, tão coerente...
põem entre os dedos sua quarta taça de vinho e o degusta delicadamente sentindo-o passar por todo seu sistema digestório. se encara diante o espelho, vestindo apenas uma camiseta velha e larga que chega até suas coxas, e um short preto curto. seu cabelo amarrado em um coque, bagunçado. sem maquiagem, apenas um resto de lápis dançando em torno de seus olhos. Jenny toca em seu reflexo e ri, vendo como em um filme, longas cenas de sua existencia. enche sua quinta generosa taça e decide dar play em seu filme favorito, mais uma vez, se sentindo em paz.
a vida é mesmo engraçada, está aqui mais um novo começo, tão diferententemente semelhante a muitos que foram, a muitos que serão...

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